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Chapada Diamantina (Bahia): o paraíso dos aventureiros!



Incrustado na região central da Bahia, a cerca de 450 km de Salvador, o Parque Nacional Chapada Diamantina - que compreende as cidades de Lençóis, Andaraí, Mucugê, Palmeiras, Ibicoara, Iraquara, Jussiape e Rio da Conta - reúne atrações suficientes para agradar a todos os tipos de visitantes, sobretudo aventureiros e fãs de ecoturismo.


A região dispõe de uma diversidade natural exuberante, graças às suas incontáveis cachoeiras, poços, rios, cavernas, grutas, vales e morros. Há uma infinidade de passeios que podem ser feitos na região, a maioria deles por trilhas. Escolha o roteiro de acordo com o seu condicionamento físico, lembrando sempre que é fundamental a presença de um guia nos mesmos.




A 1.120 metros de altitude, o morro do Pai Inácio descortina a mais bela vista panorâmica da Chapada. São 360 graus de paisagens de tirar o fôlego, ainda mais na hora do pôr-do-sol. Uma subida de  mais de 300 metros, vencida em menos de 30 minutos, com grau de dificuldade médio, leva ao topo do cartão-postal, que fica em Palmeiras, a 22 quilômetros do centro de Lençóis. 






O nome do morro, diz a lenda, refere-se a um feito heróico de Pai Inácio, escravo que namorava às escondidas com a filha do coronel Horácio de Matos. Perseguido pelos capangas do coronel, Pai Inácio teria subido o morro e, sem ter para onde fugir, pulado com um guarda-chuvas aberto. Segundo a tradição popular, o escravo conseguiu sobreviver, escapar pelo vale e nunca mais foi visto.








Outro cartão-postal da Chapada é o Poço Encantado. Localizada cerca de 100 km de Lençóis, a gruta que abriga o poço é formada por rocha calcária, escavada pelo movimento das águas de um rio subterrâneo. Na prática, isso resultou na magnífica formação da galeria banhada por uma lagoa azul cristalina, com 65 metros de profundidade. Entre os meses de abril a setembro, essa paisagem mágica ganha um elemento que a torna ainda mais deslumbrante: alguns raios de sol conseguem entrar na galeria por meio de uma rachadura natural e formam um lindo arco que segue em direção à água.



A trilha é leve, apenas descendo alguns degraus, e de bônus ainda podendo observar alguns animais no seu habitat natural.




Um passeio fantástico é a visita à Gruta da Torrinha, localizada em Iraquara, que não é a maior caverna do Brasil, mas uma das mais completas. O visitante pode escolher entre 03 roteiros guiados. Nós escolhemos o terceiro, o mais completo, que percorre dois quilômetros da caverna, num percurso em que em alguns momentos precisamos andar agachados, podendo observar formações como estalactites e estalagmites, espeleotemas, agulhas de gipsita, bolhas de calcita e flores de aragonita. 






Flor de aragonita: cresce a partir de um centro de cristais aciculares de aragonita, ou seja, que têm forma de agulha. A formação dá origem a arranjos que lembram flores, daí o nome. Este tipo de espeleotema é considerado raro. 






Agulha de gipsita: formada pela precipitação de sulfato de cálcio. Na Gruta da Torrinha, as agulhas de gipsita estão entre placas de argila desidratas ao longo do tempo. 


Localizada na cidade de Ibicoara, a Cachoeira do Buracão, na minha opinião, é um dos melhores e mais divertidos destinos da Chapada Diamantina.

O passeio nos permite desfrutar de belos cenários, ao longo de uma trilha de nível leve a moderado, de cerca de 01 hora, caminhando às margens do Rio Espalhado e passando pela Cachoeira das Orquídeas e Buracãozinho (um magnífico conjunto de quedas d'água antes de chegar no destino principal). Num determinado ponto, a interação com a natureza aumenta, precisamos colocar coletes salva-vidas para atravessar a nado as águas cor de coca-cola, por entre cânions de 90 metros de altura, e ter como recompensa a vista de uma das mais lindas cachoeiras de nosso país, que cai num poço rodeado de pedras, formando realmente um enorme buracão. No caminho de volta, há um mirante natural de onde se pode ver a cachoeira por cima.













Outro atrativo imperdível da Chapada é a Gruta da Pratinha, inundada por uma água cristalina com tom azulado. Todavia, melhor do que apenas apreciar é fazer a flutuação com snorkel, observando na parte externa e sob a luz natural, milhares de peixinhos; já na parte interna da gruta, com auxílio de lanternas, iremos observar as formações rochosas da gruta e o silêncio e escuridão da mesma.













Ainda na Fazenda da Pratinha, complexo que compreende a Gruta da Pratinha e a Gruta Azul, está também um imenso lago de águas azuis cristalinas, ótimo para nadar, andar de caiaque ou ainda se divertir na tirolesa. No dia em que fomos, por causa da chuva, a água estava num tom esverdeado.







A Gruta Azul é um lago translúcido que ganha tons azulados entre 14h e 15h (de abril a setembro), quando um feixe de sol invade uma abertura na rocha. A refração permite visualizar o fundo da caverna, que chega a 70 metros. Por conta da profundidade, é fechada para mergulho e flutuação. No dia em que visitamos, também por conta da chuva, a visualização não estava muito boa.




Na rodovia que liga Andaraí a Mucugê, está a cachoeira da Donana, que além de muito agradável para banho, é também muito bonita. Ali ao lado tem uma lojinha de artesanato, a Toca do Morcego.







O Rio Mucugezinho forma diversos poços, sendo um dos destaques a cachoeira do Poço do Diabo, com 20 metros e o seu poço profundo, um local ideal a prática tirolesa e rapel. A trilha é leve e fica a 18 km de Lençóis.








Outro atrativo da cidade de Lençóis, na Chapada Diamantina, o Ribeirão do Meio é um ponto que deve ser visitado. Está localizado a 3,5 quilômetros do centro de Lençóis e a trilha pode ser feita por uma caminhada de cerca de 45 minutos.
Fácil para chegar e diversão garantida para crianças e adultos, a maior atração é o tobogã de pedra natural que cai direto em águas refrescantes. O tobogã  também é conhecido no local com o curioso nome de “Rala Bunda”.







Ainda em Lençóis, temos o Parque Municipal do Serrano, que concentra diversas atrações como o Salão de Areias Coloridas, as piscinas naturais também chamadas de Caldeirões, as cachoeiras Primavera e Cachoeirinha. O acesso se dá através de uma caminhada de aproximadamente 30 minutos a partir do centro da cidade de Lençóis. 





Foi descoberto em 1992 e rapidamente virou uma das principais atrações turísticas da Chapada Diamantina. Chamada de Poço Azul, esta caverna de águas cristalinas e azuladas, que por vezes deixa entrar o sol e criar um incrível feixe iluminado, virou o maior sitio submerso paleontológico do Brasil, com a descoberta de fósseis de mais de 40 espécies de animais pré-históricos. Para a felicidade dos visitantes, é permitido entrar na água e fazer flutuação. O atrativo pertence ao município de Nova Redenção e para visitá-lo é necessário pagar taxa de entrada. Infelizmente, na véspera da minha viagem havia chovido muito, e a água do Poço estava muito escura.






A cachoeira da Fumaça está localizada entre os municípios de Lençóis e Palmeiras,  possui 340 metros de altura, sendo a segunda maior do Brasil, menor apenas que a Cachoeira do Eldorado, no Amazonas. Recebeu esse nome porque pela altura da queda, a água evapora-se, formando um panorama visual como se fosse fumaça. Entretanto, dependendo da estação, pode estar completamente seca.
Existe uma trilha com duração de três dias, pela qual se é possível visitar o poço onde cai a cachoeira, e exite uma outra trilha, com duração de mais de 2 horas, de nível moderado (ou superior), que permite a visão da cachoeira pela parte de cima.


Fonte da foto: wikipedia.


E para os fãs de trilhas, a melhor pedida talvez seja a Cachoeira da Fumacinha, em Ibicoara. É uma cachoeira para poucos visitantes, dado o grau de dificuldade elevado para chegar lá. São 18 km de caminhada às margens do rio (contando ida e volta). Para quem vencer esse desafio, o prêmio será o privilégio de ver uma fantástica cachoeira entre os cânions, numa queda de mais de 100 metros de altura.











Eu tive o privilégio de fazer esta viagem com o AVES (Aventureiros do Espírito Santo), um grupo com uma liderança muito organizada e responsável, especializada em fazer passeios de aventura. Fomos em 45 pessoas, todos muito simpáticos e com muita disposição. Recomendo! Para contatos, falar com Gilliane ou Théo (27 - 99950-0413).








1 comentários:

Unknown disse...

pretendo ir semana que vem dia 13 , onde provavélmente será um periodo de chuva , você que teve essa experiencia de chuva lá acha que atrapalha o passeio ? a imagem das fotos alteram muito ? as aguás perdem a tonalidade do azul ? me ajuda nessa ai

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