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Salvador (Bahia-BR): é carnaval todos os dias!


A capital da Bahia e terceira maior cidade do Brasil, a "Terra de Todos os Santos" como é apelidada, em função das influências religiosas africanas, portuguesas e brasileiras, é uma mistura de santos e orixás, de branco com negro, embalada ao som do axé que dita o ritmo do carnaval, e temperada com pimenta e azeite de dendê. A capital baiana tem um estilo que nenhuma outra cidade no mundo tem.


A essência cultural de Salvador está no Pelourinho (ou Pelô). São cerca de 800 casarões de diversas cores e várias igrejas barrocas, compondo uma amostra do cenário brasileiro do século 17. Desde que foi revitalizado e os carros proibidos de circular, o bairro se transformou num dos principais atrativos turísticos da cidade, que retrata bem o jeito festeiro do povo soteropolitano.


Fundação Casa de Jorge Amado, uma instituição sem fins lucrativos que abriga histórias do autor baiano.



Fundado como um bloco de carnaval da cidade, a Banda Olodum é atualmente um grupo cultural, uma ONG do movimento negro brasileiro.

Michael Jackson esteve no Pelourinho, em 1996,  junto com o Olodum, e gravaram o clip para a música "They don´t care about us".
Festa de São João
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 O terreiro de Jesus é uma das áreas mais antigas de Salvador, localizada no centro histórico da cidade, abriga prédios como a Catedral Basílica, a Faculdade de Medicina, as igrejas de São Domingos Gusmão e São Pedro dos Clérigos.



A capoeira é uma arte marcial baiana, desenvolvida por volta do século 18, pelos africanos escravizados que se escondiam nas capoeiras (um tipo de vegetação baixa e fina da Bahia). A luta utiliza principalmente os pés, com movimentos rápidos e acrobáticos, ao som principalmente do berimbau.




A roupa da baiana, ou traje de crioula, é originada dos escravos africanos que vieram para o Brasil, acrescido do contato que tiveram com índios e portugueses no período colonial. O turbante enrolado na cabeça teve origem com as escravas africanas muçulmanas. Muitos elementos do vestuário estão ligados com a religião do candomblé. Também são usados vários balangandãs, por exemplo cordões e pulseiras com figas penduradas.


Fonte: www.trekearth.com



A rica culinária baiana teve forte influência africana, que trouxe o gosto por temperos fortes, em especial o azeite de dendê e as pimentas. A religião também teve sua participação, uma vez que muitos pratos eram oferendas aos orixás.

O quitute mais conhecido da Bahia é o acarajé, feito com massa de feijão fradinho temperado e frito em óleo de dendê. O bolinho de feijão após ser frito é cortado ao meio e recheado com camarão seco, vatapá, caruru e vinagrete. Antes de lhe entregar o acarajé a baiana pergunta: quente ou frio? A resposta tem haver com a quantidade de pimenta (quente significa muito apimentado).



Acarajé. Fonte: brasilimperdivel.tur.br

A Igreja de São Francisco, em Salvador, é famosa por sua arquitetura, pela riqueza de seu interior todo talhado em dourado e pelos detalhes da decoração em estilo barroco. Ela localiza-se de frente para o Cruzeiro de São Francisco, próximo ao Terreiro de Jesus, e foi eleita uma das 7 maravilhas de origem portuguesa no mundo.







A Igreja de Nosso Senhor do Bonfim é a mais famosa da Bahia. Este templo católico foi construído em 1754, a mando do capitão Teodósio Rodrigues, que prometeu que se sobrevivesse a uma tempestade quando ia a Portugal, traria a imagem do santo para o Brasil, que tornou-se padroeiro da Bahia.

É lá que são distribuídas as famosas fitinhas do Bonfim. Na tradição popular, a fita é enrolada no pulso e fixada com três nós. A cada nó precede um pedido, que deve ser mantido em segredo até a fita se romper naturalmente. Sempre há, e a todo momento, alguém lhe oferecendo uma fitinha, dizendo que é de graça, e depois cobrando uma contribuição. Tem que ter muita paciência!




Todos os anos acontece a Lavagem do Bonfim, um ritual em que as baianas lavam as escadarias da igreja com água de cheiro. Antes disso, há uma procissão que sai da Igreja Nossa Senhora de Conceição da Praia até o Bonfim, num percurso de oito quilômetros ao ritmo de muita festa e terminando ao som de trios elétricos.



Interior da Igreja Nosso Senhor do Bonfim.

Famosa por realizar milagres, a Igreja do Bonfim possui uma sala que exibe réplicas de membros do corpo deixadas por fiéis gratos pelas curas alcançadas.

Um dos cartões postais de Salvador é o Elevador Lacerda, com sua belíssima vista da Baía de Todos os Santos, do Mercado Modelo e do Forte São Marcelo. Ele foi construído, em 1873, pra ligar a chamada Cidade Alta à Cidade Baixa, tendo sido o primeiro e mais alto elevador urbano do mundo utilizado como transporte público na época. Hoje custa apenas alguns centavos para usá-lo.





Logo em frente ao elevador está o Mercado Modelo, o maior centro de artesanato da cidade. São centenas de barraquinhas das quais se podem obter uma lembrança de Salvador, como rendas, berimbaus e artesanato, artigos típicos do folclore baiano.





A Praça Thomé de Souza ou Praça Municipal, fica localizada no centro histórico de Salvador, onde localiza-se a atual sede da prefeitura e o Palácio Rio Branco (antiga sede do governo da Bahia).

Palácio Rio Branco.

Monumento à Cidade de Salvador, obra que deu muito o que falar, pois ninguém nunca entendeu realmente o seu significado, recebendo diversos apelidos.
Monumento da Cruz Caída, erguida em homenagem à Igreja da Sé, demolida em 1933, para construção de um terminal de bondes.

Um dos principais cartões postais da capital baiana, o Farol da Barra está construído no interior do Forte de Santo Antônio da Barra, que defendeu a cidade de invasões estrangeiras. O farol veio após o forte, depois de um naufrágio ocorrido nas proximidades, construíram o farol para orientação aos navegantes. Possui 22 metros de altura e foi pintado nas cores branca e preta. 







A Arena Fonte Nova substituiu o antigo estádio Fonte Nova, que foi demolido, para construção de uma arena multifuncional, mais moderna, para realização dos jogos da Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014. Tem capacidade para 50 mil pessoas em assentos cobertos. São três anéis de arquibancada, e foi mantido a geometria oval e a abertura para o Dique do Tororó. Foram gastos 591 milhões de reais na construção.








O Dique do Tororó é uma represa construída no século 17 que tinha a função de proteger a cidade, hoje serve como uma área de esporte e lazer, muito arborizada, com pedalinhos, restaurantes, anfiteatro, piers para a pesca, espaço para prática de canoagem e remo, além de um entorno de 8 km ideal para quem curte caminhadas. Realmente um espaço muito bonito! 

Por sobre as suas águas tranquilas foram construídas 12 esculturas de Orixás do candomblé, que parecem estar flutuando.

Dizem que antigamente a população tinha o hábito de se abastecer nas águas do dique, quando então criou-se aquela antiga cantiga: "Fui no Tororó, beber água e não achei, encontrei linda morena, que no Tororó deixei".









A Praia de Itapoã já não tem o mesmo romantismo da época que inspirou Vinícius de Moraes, mas vale a pena conhecer o seu trecho mais fotogênico, o Farol de Itapoã.




Pertinho do Farol, foi construída a Praça Vinícius de Moraes, homenageando o autor de "tarde em Itapoã", com uma escultura em tamanho natural do mesmo.



Os fortes eram os principais elementos do sistema de defesa da capital colonial do Brasil, Salvador. Eles ocupavam lugares estratégicos de defesa e ganharam muralhas e canhões.

Forte São Marcelo.
 

Forte Mont Serrat.

O carnaval de Salvador é sinônimo de participação. Uma extravagante festa de rua que dura uma semana, onde os foliões seguem incansavelmente os trios elétricos. Além dos grandes nomes do axé, blocos como Ilê Ayê , Filhos de Ghandi, Timbalada e Olodum participam desta festa popular.

O axé surgiu na Bahia na década de 1980 e é o principal ritmo do carnaval de Salvador, veio principalmente da fusão do frevo com o afoxé. A palavra axé é uma saudação usada na umbanda e no candomblé, que significa energia positiva.


Fonte: www.ospaparazzi.com.br

O trio elétrico nasceu de uma idéia de Dodô e Osmar, que criaram a fobica, um calhambeque sem teto e adaptado para que pudessem tocar suas músicas pelas ruas de Salvador, guiados por um motorista.



Dizem que na Bahia não nasce, se estréia! Os baianos parecem ter uma vocação para a fama, que digam muitos famosos que lá nasceram, como por exemplo: Ivete Sangalo, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Cláudia Leite, Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Jorge Amado, Dorival Caymi, Gal Costa, Maria Bethânia, Simone, Bell Marques (Chiclete com Banana), dentre muitos outros.

Fonte: revistaepoca.globo.com

Salvador tem muitas belezas e encantos, muitos sabores e uma cultura única. São diversos lugares para se conhecer. Todavia, assim como boa parte das cidades brasileiras, deixa a desejar em quesitos como segurança, transporte público, infra-estrutura, entre outros. Ainda assim, vale muito a visita!