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Éfeso (Turquia): uma maravilha antiga!



A antiga cidade de Éfeso, hoje pertencente ao território turco, relacionada como uma das sete igrejas do Apocalipse ou sete igrejas da Ásia Menor, também famosa por ter tido a presença de Paulo de Tarso durante suas viagens missionárias, por ter na bíblia uma carta aos efésios também escrita pelo apóstolo Paulo, por ser o local que abrigou uma das sete maravilhas do mundo antigo (o Templo de Ártemis), pela presença do apóstolo João e da virgem Maria na cidade, por possuir monumentos e curiosidades incríveis, tudo isso torna esta viagem emocionante e inesquecível!

Éfeso era o centro administrativo do Império Romano na Ásia, a maior cidade portuária do Egeu. Arqueólogos encontraram uma inscrição em pedra que declarava Éfeso como a "mais ilustre de todas as cidades" da Ásia. No tempo de Paulo, possuía mais de 300 mil habitantes. Com o declínio das atividades portuárias, a cidade ficou relativamente esquecida.



O Templo de Ártemis (ou Templo de Diana) em Éfeso, construído em 560 a.C. , é considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo (junto com as Pirâmides de Gizé, os Jardins Suspensos da Babilônia, a estátua de Zeus em Olímpia, o Mausoléu de Halicarnasso, o Colosso de Rodes e o Farol de Alexandria). Foi o maior templo do mundo antigo, todo construído em mármore, media 115 metros de comprimento por 55 de largura, com mais de 120 colunas, cada uma medindo 20 metros e 1,2 metros de diâmetro. Em seu interior havia uma estátua de Diana feita de ouro, ébano, prata e outras pedras.

Imagem ilustrativa de como era o Templo de Ártemis (Diana).


Diz a lenda, que no incêndio que destruiu o templo em 356 a.C., Diana não pôde salvar seu templo porque estava presente no nascimento de Alexandre Magno. O templo foi reconstruído, mas em 262 d.C. invasores godos saquearam a cidade e o destruíram novamente. Depois de uma série de terremotos as ruínas afundaram, e hoje encontram-se apenas duas colunas ainda de pé.

No Museu de Éfeso está a imagem de Ártemis, interpretação oriental da deusa grega Diana, aqui representada com vários seios.

Na mitologia grega, Diana é conhecida como a deusa da caça e da fertilidade. Em geral, é retratada como uma figura atlética. Exposta no Museu do Louvre.

 Quando escreveu a primeira carta aos coríntios, Paulo estava em Éfeso. Talvez por isso, diante da grandiosidade daquela construção, o apóstolo fala sobre a igreja de Cristo, comparando-a a um edifício (I Coríntios 3: 9-17).



Ruínas do Templo de Ártemis.


Ao caminhar pela Via Curetas, uma das principais ruas da cidade, iremos nos deparar com o Portão de Hércules, representado por duas colunas com a escultura de Hércules vestindo uma pele de leão. Foi construído com o objetivo de impedir que veículos de roda entrassem na cidade. Diz a lenda, que encostar nas duas pilastras ao mesmo tempo com as mãos, traz muita sorte.




O Templo de Adriano, muito bem conservado, chama a atenção por seus detalhes, dentre eles uma escultura da cabeça da Medusa, destinada a afugentar os espíritos malignos. O templo foi levantado em virtude da visita do Imperador Adriano à cidade.




A biblioteca de Celso, concluída em 135 d.C. , foi amplamente restaurada e hoje é o cartão postal da antiga cidade de Éfeso. Foi erguida em homenagem ao senador romano Tiberio Julio Celso Polemeano. A biblioteca armazenava 12 mil rolos de papiro e serviu ainda como túmulo de Celso. A sua grande e fabulosa fachada é adornada com colunas e estátuas simbolizando sabedoria, conhecimento, inteligência e fortuna.







No final da Segunda Viagem Missionária de Paulo, ele sai de Corinto e faz uma breve parada em Éfeso, de onde seguiu para Jerusalém e depois Antioquia da Síria (Atos 18: 19-21).

A Terceira Viagem Missionária começa de Antioquia, de onde Paulo viajou por terra para Éfeso (Atos 19:1).

Timóteo, Apolo, Áquila e Priscila trabalharam na igreja de Éfeso (Atos.18: 18, 19 e 24; I Timóteo 1: 3; II Timóteo 4: 19).



Uma das grandes obras em Éfeso e muito bem preservada é o seu teatro, com capacidade para 25 mil pessoas, constando de 66 fileiras de assentos, esculpidas na própria montanha.

Um episódio ocorreu neste teatro, sendo um dos poucos acontecimentos bíblicos que podem ser relacionados a um lugar existente nos dias de hoje (Atos 19: 23-40). Paulo passou mais de dois anos em Éfeso, e sua estadia ali foi bastante produtiva para divulgação do evangelho de Jesus Cristo. Com a conversão de muitos, a venda de produtos relacionados ao Templo de Ártemis, como por exemplo réplicas de prata do templo, caiu enormemente. Demétrio, um ouvires,  incentivou os devotos de Ártemis a promoverem uma revolta contra Paulo no teatro da cidade, gerando grande confusão em meio a gritos de: "Grande é a Diana dos efésios!" (Atos 19: 34). Cessado o tumulto, Paulo saiu da cidade (Atos 20: 1).





A Via Arcádia é uma rua de 11 metros de largura, que se estende por 600 metros, indo do teatro até o porto, toda alinhada por colunas.



Advinha o que são essas próximas duas fotos? A primeira, eram latrinas, uma do lado da outra, ali os efésios se reuniam para fazer suas necessidades e conversar uns com os outros. Conta-se que haviam até músicos que ficavam tocando para animar o povo durante este curioso ato. Vida de músico não era fácil naquela época! (rs)

Nos dias frios, os ricos mandavam seus escravos sentarem primeiro para poder aquecer o assento nos banheiros públicos.



Já esta, fica numa das calçadas da cidade, um desenho representando um coração, uma mulher e um pé esquerdo. Este era um anúncio para os marinheiros que desembarcavam lá, uma mensagem que significava que poderiam fazer amor (coração) com as prostitutas (mulheres) se caminhassem (pé) pela rua até o bordel que ficava no lado esquerdo (pé esquerdo).



Das inúmeras esculturas espalhadas pela cidade de Éfeso, a primeira que destaco é a representação da deusa grega Niké ou Nice, a deusa da Vitória, que inspirou a criação do nome da marca Nike e, a logomarca inspirada no formato de uma asa. 


Outra escultura de destaque mostra o símbolo da medicina, em frente à antiga Escola de Medicina de Éfeso.



Construída no século II d.C. para homenagear o Imperador Trajano, a Fonte de Trajano foi decorada com estátuas de Afrodite, Dionísio, Sátiro e com figuras da família do Imperador. Consistia de uma piscina em que uma estátua enorme dele havia sido colocada. Hoje restaram apenas os pés da estátua.




De acordo com a tradição, o apóstolo João exerceu ministério naquela cidade e ali morreu. A bíblia não confirma isso. O que temos de concreto é que João escreveu uma carta à igreja de Éfeso, assim como fez a outras seis igrejas da Ásia (Apocalipse 2: 1).

Éfeso foi uma das sete igrejas mencionadas no Apocalipse, juntamente com Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia.


O apóstolo João ficou por três anos na cidade, acompanhando a virgem Maria. Acredita-se que ele tenha escrito o seu evangelho em Éfeso, e que tenha morrido lá mesmo. O Imperador Justiniano ergueu a Basílica de São João, acima do que supõe-se ser seu túmulo, no século VI d.C.




Apesar de algumas fontes relacionarem o local da morte da virgem Maria em Jerusalém, uma segunda versão diz que João levou Maria para Éfeso, onde ela então faleceu. Esta versão, em 431 d.C. , foi tida como verdadeira pelo Concílio de Éfeso, que reuniu-se ali, para discutir o papel de Maria como mãe de Jesus.




Houve também uma freira da Alemanha, Catherine Emmerich, que teve uma visão na qual viu um lugar onde a casa da virgem Maria era localizado junto com os restos de seu túmulo. A freira não tinha este conhecimento e nunca havia deixado o país, mas descreveu o lugar com detalhes. Pesquisadores investigaram e encontraram uma casa que coincidia com a visão da freira.

A Casa da Virgem Maria, localizada a 7 km de Éfeso, hoje é um santuário católico, uma capela modesta, e as pedras da construção datam do período apostólico. Ao entrar na capela, o visitante depara-se com um recinto que conta com um altar e uma imagem de Maria. Tornou-se local de peregrinação de cristãos e muçulmanos.



Visita do Papa João Paulo II, em 1979.

Nas proximidades da casa, existe uma fonte de água potável, que fiéis acreditam que a água dali tem poderes milagrosos de cura ou de fertilidade.


Um frequentador da região.

Fora do santuário está localizado o "Muro dos Pedidos", que fiéis utilizam para deixar suas mensagens e pedidos na forma de pequenos bilhetes de papel ou pano.





Se você deseja mergulhar no mundo fascinante da história, conhecer lugares citados na bíblia, se encantar com a grandiosidade de monumentos ainda preservados, Éfeso é o lugar perfeito para isso. Uma verdadeira jóia turca! Um dos meus melhores destinos!


Amsterdã (Holanda): onde (quase) tudo é permitido.



Amsterdã é a capital e a maior cidade dos Países Baixos, uma cidade atraente por mesclar uma atmosfera histórica de construções antigas em meio a belos canais, à uma mentalidade totalmente liberal.

O terreno desta cidade foi conquistado palmo a palmo com auxílio da engenharia, que construiu canais e diques, controlando o mar e trazendo para a superfície terras antes cobertas pela água. Daí surgiram os belos canais da capital, hoje conhecida como "Veneza do Norte". São 1300 pontes cruzando estes canais.

 A população passou a ter consciência do espaço limitado que tinham disponível, influenciando em sua arquitetura, com casas geminadas, estreitas e altas, sem jardins e garagens. A economia de espaço público fez a cidade se desenvolver de forma sustentável.





Com a limitação de espaço na cidade, foram criadas as casas-barco, pequenas casas, ou barcos ancorados,  que ficam flutuando nos canais. Hoje existem cerca de 2,5 mil dessas casas flutuantes.



Também em virtude do pouco espaço para circular e estacionar carros, a bicicleta tornou-se o principal meio de transporte da população. Lá o ciclismo é levado tão a sério, que é uma cena comum ver executivos de terno e gravata, mulheres de vestidos, mães levando os filhos para escola, todos pedalando. 


As ruas de Amsterdã são uma atração à parte, isto porque quando a cidade foi fundada, os impostos sobre as construções eram muito altos, e para driblar o problema, o povo construiu casas altas e estreitas, para ocupar menos áreas construídas. Mas aí apareceu um problema, como colocar os móveis dentro da casa? A solução é vista ainda hoje, as construções possuem uma roldana na parte superior para içar os móveis através de largas janelas.




O famoso letreiro com o jogo de palavras e cores em inglês "I amsterdam", ou melhor, "I am Amsterdam", que significa eu sou Amsterdam, se converteu num lema da cidade e seus habitantes.

 É um dos lugares mais fotografados da capital holandesa, com o emblemático Rijksmuseum ao fundo, e de frente para o parque Museumplein, com seu gramado impecável. Cada letra tem cerca de 2 metros de altura, e o comprimento total da frase de 23,5 metros de largura.


A arte também é um aspecto marcante da cidade, havendo aproximadamente 200 museus espalhados pela capital. Os três mais famosos são: Rijksmuseum, Van Gogh e Stedelijk.

Lar de aproximadamente 1 milhão de objetos, o Rijksmuseum é o maior museu de arte e história da Holanda. Conhecido por suas coleções de mestres holandeses, possui 20 Rembrandts, como por exemplo, A Ronda Noturna. 




Museumplein: parque em frente ao Rijksmuseum.
Stedelijk: museu de arte moderna.

O Museu Van Gogh abriga a maior coleção do mundo de quadros e documentos sobre o pintor. Vicent Van Gogh foi um pintor holandês pós-impressionista do século XIX. Em vida teve pouquíssimo reconhecimento, e num dado momento passou a ter sintomas de depressão grave que o levou a cortar a própria orelha. Seus problemas mentais o levaram ao suicídio. Hoje é frequentemente considerado um dos maiores de todos os tempos. O museu atrai cerca de 1,5 milhão de visitantes por ano.


"Quarto em Arles" - Van Gogh.

Outro símbolo da cidade é a casa de Anne Frank, que hoje é um museu, e registra a história de Anne e outros sete judeus, incluindo seus pais e sua irmã, que se esconderam entre 1942 e 1944 para fugir da perseguição anti-semita promovida por Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Lá está exposto o diário que a menina escreveu durante o tempo que ficou confinada.






Não é apenas um museu, é o Heineken Experience! - assim definem os seus fãs. Um museu onde antigamente funcionou a primeira fábrica de cerveja da Heineken, e hoje atrai milhares de turistas, onde se pode conhecer todos os passos de fabricação da bebida, incluindo degustação.




Aqui a prostituição é legalizada e regulamentada por lei federal, e tem destaque na famosa Red Light District (Distrito da Luz Vermelha), um bairro onde as prostitutas se exibem em vitrines iluminadas por lâmpadas vermelhas, em plena luz do dia. O bairro é endereço de sex shops, shows de sexo explícito, boates e as incontáveis vitrines onde as mulheres seminuas se insinuam e discutem ali mesmo o preço dos serviços.

Tudo funciona com a maior naturalidade, da mesma forma que você entra na padaria pra comprar um pão, ali você entra nas cabines, a cortina é fechada, é acertado o valor dos serviços que o cliente deseja, e ele sai normalmente sem nenhum olhar de reprovação. A única atitude que pode gerar problemas é querer fotografar as mulheres em exposição, possivelmente um segurança virá tirar satisfação.

Casas de shows eróticos.
Vitrine humana na Red Light.
Fonte: www.clubedoshomens.com.br

A Condomerie é a primeira loja do mundo especializada em camisinhas, e fica próximo ao Distrito da Luz Vermelha.



Os Coffee Shops de Amsterdã trocaram o cafezinho de cada dia por drogas leves. Nestes ambientes é liberado o uso de maconha, contudo não é permitido fumá-la nas ruas. Além de consumida em forma de cigarro, a maconha aparece como recheio de bolos e utilizadas em balas e chicletes. Também há trufas e chá de cogumelos. É só entrar, olhar o cardápio e fazer o pedido. 


Produtos vendidos num mini mercado.

Numa das cidades mais liberais do mundo, não poderia faltar o Museu do Sexo. Qualquer coisa relacionada a sexo você encontrará lá, desde estátuas, pinturas, fotos, vídeos, objetos e até mesmo atrações. Recebe cerca de meio milhão de visitantes por ano.



A parada gay em Amsterdã é uma das mais famosas do mundo, a cidade fica toda enfeitada e colorida, e vários barcos desfilam pelos canais. Desde 2001, homossexuais podem se casar e adotar crianças normalmente.



Fonte: g1.globo.com

Todas as primaveras , mais de 7 milhões de flores e mil variedades de tulipas se abrem nos jardins de Keukenhof. Fica numa região entre Amsterdã e Haia, todavia esse espetáculo de cores só acontece do final de abril e até a metade de maio. Com esta informação, talvez você não fique frustrado como eu me senti quando cheguei lá em agosto, sem saber que já não havia mais nenhuma tulipa. Postei algumas fotos do jardim, cortesia de minha amiga que esteve lá na primavera européia.

Foto: Maylla Ronacher.
Foto: Maylla Ronacher.

Mas se não tinha flores para eu ver, tinha os brotos das tulipas, vendidos no famoso Mercado das Flores, o único flutuante no mundo.




Provavelmente, a mais bela visão de Amsterdã que você terá, será por um passeio de barco pelos canais da capital holandesa. Existem várias saídas durante o dia, ou até um pacote especial para a noite, com direito a jantar a luz de velas.









Amsterdã é uma cidade única. É um caldeirão cultural e com valores muito liberais. Todavia, uma cidade muito organizada e bonita, e que aprendeu a respeitar a diversidade. A reação que percebi na maioria dos turistas eram praticamente duas: alguns ficavam extasiados e maravilhados com o jeito liberal da capital, e outros um pouco assustados e com um ar de desaprovação. É uma cidade que recomendo conhecer, uma experiência válida, e que cabe a cada um tirar suas próprias conclusões.