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Israel: a Terra Santa (parte 2).


Dando continuidade ao nosso tour pela Terra Santa, seguimos para Haifa, a terceira maior cidade de Israel e uma das mais bonitas. A cidade abriga uma mistura peculiar de bairros modernos e distritos antigos, montanha e mar, igrejas e mesquitas (aliás, é conhecida por sua tolerância religiosa, em virtude do mosaico de religiões ali presente).

Em Haifa está localizado o Centro Mundial Bahá'í, construído no declive do Monte Carmelo, conhecido pela beleza extraordinária de seus jardins suspensos. Este é um local de peregrinação para os membros da fé Bahá'í, cujos ensinamentos são baseados de que todas as religiões estão certas e apoiam o conceito de união das mesmas.




Seguindo de Haifa, subimos ao Monte Carmelo, local onde aconteceu o duelo espiritual entre o profeta Elias e os profetas de Baal.

Acabe reinou em Israel e fez o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os reis anteriores. Se casou com Jezabel, e construiu um altar a Baal. O profeta Elias tentou convencer Acabe e o povo a se arrependerem, mas isto foi em vão. Daí Deus fez parar de chover por três anos (I Reis 16:29-34 e 17: 1-7).

Foi quando Elias desafia os 450 profetas de Baal da seguinte forma: haveriam 02 altares de sacrifício, os profetas de Baal iriam invocar o seu deus para que mandasse fogo do céu e consumisse o altar, assim como Elias iria orar ao Senhor para o mesmo objetivo. Seus profetas oraram, dançaram e até se feriram para obter sua atenção, mas Baal não respondeu. Elias zombou deles e pediu para que gritassem mais alto pois Baal poderia estar ocupado, a viajar ou a dormir. Para não ter dúvidas, Elias pede que joguem água sobre seu altar e então ora ao Senhor: "Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu Senhor, és Deus". Então caiu fogo do céu e consumiu o holocausto. Vendo o que acontecera o povo adorou ao Senhor. E todos os profetas de Baal foram mortos.  (I Reis 18: 20-40).

Estátua de Elias no Monte Carmelo.


Eis aqui um lugar fascinante, tanto pelo contexto histórico quanto pelo teológico. Megiddo é uma colina composta de 26 estratos de vestígios de cidades existentes no passado, ou seja, foi totalmente destruída e reconstruída várias vezes. 

Uma cidade fortificada em um ponto estratégico no caminho entre o Egito, Síria e Mesopotâmia. Megiddo servia como importante cruzamento de grandes batalhas históricas.



Megiddo foi tomado pelos israelitas, aparentemente, apenas no tempo do rei Davi. A cidade floresceu durante o tempo do Rei Salomão.


O rei Josias morreu numa batalha contra Faraó-Neco em Megiddo (II Reis 23:29). Josias era neto de Manassés e filho de Amom, dois reis que fizeram o que era mau perante o Senhor, todavia Josias começou a reinar com oito anos de idade em Jerusalém e renovou a aliança do povo para com o Senhor Deus (II Reis cap 21 a 23).

 

Este túnel foi construído para os moradores de Megiddo obterem água durante a primavera sem deixar as muralhas da cidade, durante o reinado do rei Acabe.

Bandeira de Israel.

O Armagedom é traduzido em hebraico como Har Megiddo ou Monte Megiddo. Com uma importância teológica sem medidas, é de arrepiar poder estar aonde segundo as sagradas escrituras se desenrolará a batalha do Armagedom, ou seja, a luta final entre os exércitos de Cristo e as tropas comandadas por Satanás e o Anti-Cristo (Apocalipse 16:14-16).



Seguimos caminho para Nazaré, cidade onde Jesus passou parte de sua vida, desde quando voltou do Egito e ainda era criança até a sua juventude (Mateus 2:19-23). Foi o local da anunciação, quando Maria foi informada pelo arcanjo Gabriel que iria dar a luz a um filho, concebido pelo Espírito Santo, e este se chamaria Jesus, filho do Altíssimo (Lucas 1:26-38).

Nazaré também foi palco de uma história lamentável, quando Jesus indo para a cidade onde fora criado, prega a mensagem de Deus e é rejeitado pelos seus habitantes, que o levaram para o cume do monte sobre a qual está edificada com o intuito de jogá-lo penhasco abaixo, mas Jesus conseguiu escapar (Lucas 4:16-30).


Cume do monte, em Nazaré.

Esta fonte fica na base do Monte Hermom. É uma das nascentes do Rio Jordão. Herodes Filipe, que governava essa área, edificou aqui uma cidade em homenagem a César (seu imperador) e a si próprio; a cidade foi chamada anteriormente de Panias e hoje é conhecida por Banias ou Cesaréia de Filipe.






O Salvador reuniu-se com seus discípulos em Cesaréia de Filipe. Aqui Pedro declarou que o Salvador era “o Cristo, o Filho do Deus vivo”. O Salvador prometeu então a Pedro as “chaves do reino do céu” (Mt. 16:13–20).





Esta é uma área de tensão onde já ocorreram vários conflitos, por ser fronteira com Síria e Líbano.



Uma curiosidade: os gregos capturaram Banias (esta área) e construíram um templo pagão dedicado a Pan, um deus com os pés de um bode que conduz rebanhos tocando flauta.



 Visitamos o local de uma história que gosto muito: "Disse o Senhor a Gideão: É demais o povo que está contigo, para eu entregar os midianitas nas suas mãos; Israel poderia se gloriar contra mim, dizendo: A minha própria mão me livrou".

"Fez Gideão descer os homens às águas. Então, o SENHOR lhe disse: Todo que lamber a água com a língua, como faz o cão, esse porás à parte, como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber".


"Foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens".


"Então, disse o Senhor a Gideão: Com estes trezentos homens que lamberam a água eu vos livrarei, e entregarei os midianitas nas tuas mãos"(Juízes 7: 1-7).



Tel Aviv é a segunda maior cidade e a mais rica de Israel, caracterizando-se como capital financeira do país. Ganhou o título de "metrópole do Mediterrâneo que nunca dorme".

Foto do Wikipédia, uma vez que no dia que fomos estava chovendo e fazendo zero grau de temperatura, o que não permitiu tirar boas fotos. Aliás, é interessante ressaltar que em Israel também faz frio, inclusive existe até estação de esqui.

Em Tel Aviv visitamos a casa de Simão, onde Pedro se hospedou e teve uma visão: "Pedro ficou em Jope durante algum tempo, com um curtidor de couro chamado Simão" (Atos 9:43).

Pedro teve uma visão: "E viu o céu aberto, e que descia um vaso, como se fosse um grande lençol atado pelas quatro pontas, e vindo para a terra. No qual havia de todos os animais quadrúpedes e répteis da terra, e aves do céu. E foi-lhe dirigida uma voz: Levanta-te, Pedro, mata e come. Mas Pedro disse: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum e imunda. E segunda vez lhe disse a voz: Não faças tu comum ao que Deus purificou" (Atos 10:11-15).



A culinária de Israel foi profundamente influenciada pelas mistura de diferentes etnias, religiões e culturas, como por exemplo a culinária árabe e judaica.

Diz ele que é o melhor Falafel da região. Tem coragem? (rs)

Kebab.


Lanche em Tel Aviv com nosso guia "a nuvem do deserto".

A última coca-cola do deserto. (rs)



Em todos os hotéis e em todas as refeições, inclusive no café da manhã, sempre verduras e peixes.

Definitivamente, o turismo em Israel possui um foco histórico e religioso. É importante ressaltar isto, pois numa viagem a Terra Santa você não irá encontrar grandes monumentos de encher os olhos, e sim lugares até certo ponto simples mas de grande valor histórico. Apesar de se poder encontrar, não acredito que seja um destino pra quem procura vida noturna, azaração e muitas compras (a exceção do freeshop do aeroporto, que é fantástico). E claro, é necessário compreender e respeitar os costumes dos povos locais.

 É um país lindo, moderno, limpo e bem cuidado, organizado e com muita segurança. Essa com certeza está entre as minhas melhores viagens. Recomendo a todos!

2 comentários:

Blog do Mamá disse...

Mais uma vez uma lição com o meu amigo Borel, Parabéns!!!

Alexandre Borel disse...

Obrigado meu amigo!

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